sábado, 4 de julho de 2015

sobre rancores, odores e temores

pensando em pessoas que cultivam seus rancores com esmero... dão-se ao trabalho de criar discursos e insultos nos quais escondem suas frustrações e medos. traçam planos e estratégias para poluir os rios a sua volta e murchar flores e espalhar o cinza... almas perdidas. tão solitárias que procuram seus ecos... ocupam brechas em outros rancores, formam coros estáticos de lamentos! 

e passam pela primavera sem perceber as flores...
passam por verões e continuam geladas...
passam... olhando e não vendo! 
passam como um rolo compressor amassando jardins e formando mosaicos de destroços, que mesmo em cacos, ainda em cores e cheiro de terra molhada. e lembro que mesmo que nos destroços o verde brota e não há como detê-lo... a natureza é mais forte, mais sábia e persiste em silêncio e sabendo exatamente para onde vai! aroma de esperança.

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